Baseado em um modelo das pistas, o Jaguar XKSS se tornou inspiração para o surgimento de uma das mais apreciadas categorias quando o assunto são os carros luxuosos e de alto desempenho.
Com poucas unidades produzidas em 1957, o Jaguar XKSS carrega uma história de muita relevância para o universo automotivo despertando o interesse até mesmo do ator Steve McQueen, que teve sua própria unidade, apelidada de “Rato Verde”, durante os anos de 2010 e 2011. Você pode conhecê-la no Petersen Automotive Museum de Los Angeles.
Mas por trás de todo este sucesso, o que poucos sabem é que o modelo foi desenvolvido como uma versão de estrada do Jaguar D-Type, famoso carro de corrida da marca que venceu consecutivamente por três anos em Le Mans (1955, 1956 e 1957).
Esta versão adaptada surgiu logo após a saída da Jaguar da competição, quando ainda restava uma série de D-Types completos ou em processo, que não haviam sido vendidos na fábrica de Browns Lane.
Para Sir William Lyons, fundador da marca, esta se mostrou a grande chance de recuperar o investimento feito nos chassis não utilizados e ainda explorar um mercado que dava seus primeiros passos: o dos carros de alto desempenho.
Com caixa manual de 4 marchas e aceleração de 0 a 100 km/h em 5,5 segundos, o modelo atingia os 230 km/h e recebeu algumas alterações como a adição da porta do passageiro, remoção da grande barbatana atrás do motorista e remoção da separação entre os bancos do passageiro e do motorista, obtendo a estrutura necessária a um modelo de estrada.
Também foram necessárias mudanças estéticas, acréscimo de itens que proporcionam mais conforto, além de ajustes para que o modelo pudesse ser legalizado, entre elas estão a adição de um pára-brisa de largura total, telas laterais nas portas do motorista e do passageiro e um teto com tecido dobrável para proteção contra o clima.
O Jaguar XKSS também recebeu finas tiras cromadas nas bordas de carenagem das luzes dianteiras e parachoques cromados na frente e atrás, que posteriormente serviram de inspiração para o modelo E-type, além de um conjunto de luzes traseiras do XK140.
A continuação da série não aconteceu de forma simples e exigiu o resgate de projetos originais, incluindo para a produção da carroceria de magnésio e do chassi de 531 tubos, preservando toda a história do modelo.
Com três carburadores Weber DC03, motor 3.4 com seis cilindros em linha e 265 cv de potência, o modelo teve até mesmo o bloco de motor e cabeçote fundidos especialmente para esta produção, que conta com alteração apenas no tanque, mais seguro e resistente às novas gasolinas.
Você já conhecia a história do Jaguar XKSS? Então esteja atento aos próximos conteúdos disponíveis em nosso blog para estar sempre por dentro do melhor do universo automotivo!
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